quarta-feira, agosto 09, 2006

CNT arrendada

A Companhia Brasileira de Multimídia (CBM), responsável pela publicação do Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e da revista Forbes Brasil, acaba de abrir as portas de um novo e importante mercado: o televisivo. Na sexta-feira, a empresa firmou acordo e, desde então, assumiu o comando da Rede CNT, composta por 18 emissoras e 85 retransmissoras espalhadas pelo País. A rede atinge 60 milhões de telespectadores em mais de 20 milhões de casas. É transmitida em TV aberta e por assinatura e via satélite para 7 milhões de antenas parabólicas. "Esse é um passo tão importante como foram as aquisições do JB e da Gazeta Mercantil", afirma o vice-presidente da CBM e responsável pela negociação com a CNT, Paulo Marinho. "Reforça a nossa intenção de investir para crescer no mercado de comunicação", completa. O acordo prevê que, até o fim do mês, a gestão da rede passará à CBM. Com a ajuda de consultores especializados na parte técnica e de comunicação em televisão, uma nova empresa será criada para administrar o negócio. Em setembro, uma programação visual reformulada do canal - com vinhetas e logomarca da gestora, de nome ainda não definido - estará no ar. Também a partir do mês que vem, e aos poucos até dezembro, a nova programação da emissora será apresentada aos telespectadores. O conteúdo vai privilegiar o jornalismo, serviços e entretenimento. Nas cidades onde a rede é transmitida em TV aberta, haverá ênfase sobre o dia-a-dia local.

"Vamos contratar uma equipe própria, principalmente na área de jornalismo, e abrir espaço para produtoras independentes, onde se encontra o futuro da televisão no País", detalha Marinho. O material produzido para os sites que integram a CBM (JB Online e Invest News) também será aproveitado pela rede de TV, bem como a estrutura jornalística do JB e da Gazeta Mercantil. "Investiremos na sinergia de mídias e usaremos a experiência dos nossos profissionais que já trabalharam em televisão", revela o vice-presidente da CBM. "Pensamos até montar estúdios dentro das redações dos jornais." A CNT renovará os equipamentos tecnológicos e contará com três novos estúdios no Rio de Janeiro, onde ficará a sede da emissora. A programação hoje gerada do Paraná passará a ser produzida no Rio.

Segundo o presidente da CNT, Flávio Martinez, a escolha pela cidade é natural, já que o Rio é reconhecidamente um pólo de excelência na produção televisiva. "A CNT tem a expertise técnica, de pôr um sinal de qualidade no ar e agora começará a atuar pensando na TV digital", comenta Martinez. "A CBM ficará à frente da parte de produção e conteúdo, na qual é muito forte. Essa sinergia será boa para o grupo e para a população." No momento, analisa-se a construção de novos estúdios ou a utilização de espaços já existentes de produtoras. Em São Paulo, a CNT terá como base o prédio da Alameda Santos, no bairro de Cerqueira César, onde a rede já está localizada. No Paraná, hoje sede da rede, serão usados os mesmos estúdios em funcionamento atualmente.

Origem da empresa

A CNT nasceu em 1975, originalmente como rede OM, por uma iniciativa do empresário José Carlos Martinez. Com a morte do fundador, em 2004, seu irmão, Flávio Martinez, assumiu a presidência da rede. O acordo com a CBM visa aumentar a audiência dos canais. "A emissora hoje não tem o perfil para disputar audiência. Mas isso vai mudar", antecipa Marinho. "Vamos aumentar a nossa fatia de mercado." kicker: Rede CNT é composta por 18 emissoras e 85 retransmissoras espalhadas pelo País. Atinge 60 milhões de telespectadores

quinta-feira, agosto 03, 2006

É O CÚMULO, LEÃO!

Essa veio da coluna do Flávio Ricco. Ao tentar deixar de ser o Canal de Esporte, a Band só se ferra:

"Noite de terça-feira na Bandeirantes, entra, ao vivo, o sr. Gilberto Barros, que planta bananeira ou vira bailarino do Bolshoi se for preciso, em troca de um ou dois pontos no Ibope.
O público do cantor Felipe Dylon é formado, basicamente, por crianças e adolescentes. Anteontem, ele foi um dos convidados do "Boa noite, Brasil", ao vivo, na Bandeirantes.
Antes e depois da apresentação, Claudiane, uma modelo, vencedora do "Jogo da sedução", era a atração de um tubo de água. Os câmeras da casa, seguindo ordens, claro, não poupavam as partes baixas da moça. Tomadas de baixo para cima, fechando em pontos estratégicos. Ginecológicas.
Gilberto Barros, saltitando pelo palco, não escondia a animação. "Palmas para os câmeras da Band!", pedia, aos gritos, sem constrangimento algum. E, por fim, dirigindo-se à moça, não se conteve: "Você sabe que é gostosa!". É o cumulo do baixo nível".

Pode crer. Isso na minha terra se chama exploração da mulher, e é crime. Pena que aqui não é um país sério...